Corrida pelo credenciamento em fisioterapia

No ano de 2000, quando montei minha clínica, a principal ( e mais dura) corrida foi para credenciamento em empresas de plano de saúde. Naquela época, assim como hoje, havia a certeza que uma clínica de fisioterapia precisa de convenios pois as pessoas não costumam pagar por um serviço que o convênio oferece.

Assim, enviei dezenas de curriculum, documentação, fotos, histórico para inúmeras empresas. Telefonei, escrevi email, deixei recado, insisti. Passei horas em telefone com pessoas que eu não conhecia, mas que poderiam me ajudar.

 

Como estagiei em clínicas que os convênios dominavam, a possibilidade de não conseguir convênio me fadava ao fracasso e ia me levar a falência.

 

Essa corrida atrás de credenciamento para fisioterapia ( sim sim, como eu nunca tive médico trabalhando diretamente comigo, o credenciamento que eu buscava não era uma extensão e sim a parte principal, o que tornou a corrida mais dificil ainda), me trouxe beneficios, claro. Consegui alguns credenciamentos. Uns muito ruins, que fecharam a porta e me deram calote na maior cara dura como um plano de saúde chamado Unisaúde. Outros muito bons, como o Bradesco Saúde exclusivo para a Rede Globo.

 

Montei um verdadeiro arsenal de como se conseguir convenio, com nome de pessaos responsaveis, telefones, endereços, tabelas, o quanto cada um paga. Ate em excel eu aprendi a mexer.

 

E por ironia do destino a estrutura que eu tenho hoje é justamente ao contrario dessa minha corrida. Hoje a minha clínica é voltada para atender um paciente a cada vez, com um profissional, sem pensar na famosa fisioterapia por atacado.

 

Mas atender por convênio, assim como não atender, é opção de cada profissional. Porém seja qual for a opção, o importante é atender o paciente sempre com qualidade, respeito e consideração.