Winny acredita que um dos motivos pode ser a relação da fisioterapia com a área de esporte, que teve um crescimento expressivo nas últimas décadas. Já a terapia ocupacional sempre foi associada a pessoas com deficiência mental.

– O trabalho do terapeuta ficou muitos anos associado a isso e aos manicômios, que hoje foram extintos. Isso acabou abrindo ao profissional novos espaços.

Entre as disciplinas da faculdade, Winny destaca as matérias básicas vistas no início do curso, como biologia, anatomia e patologias. A partir da terceira fase, os estudantes têm aulas mais voltadas à terapia ocupacional, como ergonomia e projetos preventivos. Estágios começam a partir do quarto semestre, em hospitais e clínicas. Para Winny, o curso vem crescendo no Brasil e há um campo vasto para atuação dos profissionais.

– O mercado está em expansão. O profissional pode atuar em clínicas, hospitais, prefeituras, escolas. Todos os locais que apresentam um contexto de inclusão social.

A escolha

- Sempre quis fazer um curso que ensinasse a trabalhar com pessoas e no qual eu pudesse, por meio do meu aprendizado e conhecimento, fazer coisas para ajudá-las a melhorar a qualidade de vida. Isso foi o que me direcionou para o curso.

O curso

- Cursei a faculdade na Associação Catarinense de Ensino (Faculdade Guilherme Guimbala), em Joinville, e me formei em 2006. Ao final de quatro anos de curso, conclui que é fácil entrar, mas muito difícil de sair. Porque é uma "mini-medicina", passamos por todas as áreas da saúde. Eu diria que tem de ter muita dedicação.

Mercado de trabalho

- Para buscar a inserção no mercado, fiz bastante contatos com clínicas e profissionais, porque é uma área em que precisamos ter essa troca com os médicos. Eles indicam para os pacientes a terapia ocupacional ou a fisioterapia. O mercado está crescendo muito, só que o profissional precisa se fazer conhecer mais. Do sul do país para cima ele é muito bem reconhecido. Aqui no Sul, o mercado está em expansão.

Atuação

- Trabalho na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em São José, na Grande Florianópolis, e num centro vivencial para idosos, também na região. Na Apae, eu atendo alunos com dificuldades motoras, de déficit de atenção, alunos cadeirantes, alunos com paralisia cerebral, faço adaptações, orientações familiares. Com os idosos, eu trabalho na promoção, na prevenção e na reabilitação da saúde. Trabalho muito a questão motora, vendo a possibilidade de excluir barreiras arquitetônicas nas casas, e faço muita ativação cerebral. Dicas de profissional

- Quem escolher essa profissão precisa sentir vontade de trabalhar com pessoas, tem de se dedicar mesmo e estar consciente que vai ajudar os outros a terem uma qualidade de vida melhor. A palavra-chave é dedicação. A profissão é bem ampla na área da saúde, porque enquanto trabalha o motor também trabalha o psíquico. A gente maximiza a independência das pessoas. Quando você reabilita alguém e consegue atingir o objetivo, a satisfação é enorme.

Mariana Nicoletti Cenci, terapeuta ocupacional há três anos

julia.antunes@diario.com.br



Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
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