Colaboração para a Folha de S.Paulo

A curto prazo, a ginasta Daiane dos Santos, 25, está incomunicável e concentrada nos Jogos Olímpicos de Pequim, que começam no próximo dia 8. Quer conquistar pela primeira vez uma medalha olímpica.

A médio prazo, ela é uma atleta bem-sucedida que, desde 2003, já projeta sua carreira para quando deixar os pódios: irá se formar em educação física.

Ela trancou o curso no primeiro semestre deste ano, mas deverá voltar à faculdade quando chegar ao Brasil, segundo sua mãe, Magda dos Santos. "Ela quer trabalhar com crianças portadoras de deficiência e vencer preconceitos."

Outros atletas olímpicos, além de Daiane, planejam trajetórias profissionais para quando se aposentarem dos torneios --e aliam a isso características obtidas no esporte.

O tenista de mesa Hugo Hoyama, 39, que irá jogar neste ano, diz que levará disciplina, dedicação e paciência para a nova carreira, que deverá planejar quando voltar de Pequim.

"Não penso em deixar o esporte de lado", diz. "Posso ajudar como técnico ou como dirigente. Dependerá de convites."

Oportunidades

Assim como alguns esportistas traçam suas carreiras com antecedência, outros usam os contatos e as chances proporcionadas pelo esporte para construir uma trajetória logo após a aposentadoria.

Hortência Marcari, 48, prata pelo basquete na Olimpíada de Atlanta, em 1996, conta que, quando se viu fora das quadras, preparou-se para aproveitar as oportunidades que surgissem.

Atualmente, ela é diretora comercial e de relações públicas do Instituto Wanderley Luxemburgo e faz aulas de gestão de marketing esportivo.

"Eu não queria ser técnica, queria aprender gestão, como administrar uma empresa. Por isso aceitei o cargo", conta.

Os ensinamentos do trabalho e do curso juntaram-se à experiência. "Sempre tive muita intuição. Antigamente, não existia curso de marketing ou de gestão. Eu fazia minha gestão, meu marketing."

Para o nadador Fernando Scherer, 34, bronze no revezamento 4 x 100 na Olimpíada de Atlanta, a experiência de conhecer vários lugares e pessoas, adquirida nas competições, foi fundamental para a trajetória.

Fora das piscinas desde janeiro de 2007, sua carreira agora é outra: a de empresário. Com seis companhias diferentes, Scherer conta que o "networking" foi fundamental para o sucesso pós-olímpico.

"Viajo o mundo inteiro e conheço gente. Às vezes, da troca de cartão em uma boate saem bons negócios", destaca.

Xuxa, como é conhecido, diz que aprendeu a disciplina no esporte. "Acordar cedo, abrir mão das coisas e trabalhar em equipe" são, em sua opinião, características fundamentais para o trabalho.




Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
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